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Como já citei em artigos passados aqui do blog, o planejamento tomográfico é um pré-requisito extremamente importante para o desenvolvimento da técnica MARPE, sigla em inglês que traduzida significa expansor rápido da maxila assistido por mini-implantes.

Nesse conteúdo vou te mostrar a real importância de um planejamento bem estruturado a partir de um exemplo prático que aconteceu comigo.

Além disso, você também saberá quais são os 3 principais objetivos PROTOCOLO DE SEGURANÇA MARPE, e sua relação com a altíssima taxa de sucesso da técnica MARPE.

Ao final desse conteúdo você também terá acesso aos materiais complementares que eu preparo para o grupo seleto do Ortocast.

Se ajeite por aí que o conteúdo está incrível. Vamos começar!

Qual a relevância dos termos e do Protocolo em si

Nós buscamos utilizar termos como “Distal” com a finalidade de ser uma referência clínica. Sendo assim, é comum usarmos:

  • Distal do primeiro pré;
  • Distal do segundo pré;
  • Distal do primeiro Molar;
  • Distal do segundo Molar.

Seguir o protocolo MARPE, nada mais é também do que uma forma eficiente de comunicação entre o ortodontista e o laboratório.

A partir desse protocolo, conseguimos avaliar tomograficamente e oferecer uma referência clínica para o laboratório, necessária para que ele possa reproduzir o planejamento feito na tomografia.

Os 3 principais objetivos do PROTOCOLO DE SEGURANÇA MARPE

1.  Definir a posição ântero-posterior do torno expansor

Baseado na posição dos guias, onde os mini implantes serão instalados, definimos as áreas que podem trazer maior estabilidade para os implantes. O guia são os anéis que ficam no disjuntor onde os mini-implantes serão instalados.

Geralmente as melhores áreas são as que possuem maior volume.

Definido esses locais, eles vão determinar e delimitar onde o torno expansor ficará ântero-posteriormente.

Isso, porque lateralmente ele sempre ficará centralizado na Rafe Palatina.

2.  Buscar a bicorticalização

Para isso, mensuramos essa área de bom volume ósseo para calcular o comprimento exato do mini-implante, a fim de bicorticalizar.

Aqui abaixo, coloquei uma imagem de corte tomográfico coronal, em que você poderá ver a bicorticalização de forma explícita.

 

 

Fonte: Gurgel, JA; MARPE – Expandindo os limites da Ortodontia, 2019.

 

Ela corresponde ao trespasse do mini-implante por duas corticais:

  • Cortical Palatalina;
  • Cortical da cavidade nasal.

 A partir daí, definimos a posição ântero-posterior do aparelho e o comprimento exato do mini-implante, a fim de bicorticalizar.

Esse processo é a peça-chave para o sucesso com a técnica MARPE.

3.  Definir o tipo de aparelho MARPE

Aqui, definiremos o tipo de MARPE que será usado, baseado no volume ósseo do paciente.

Temos definido um volume mínimo de 1,5 mm, onde se têm uma estabilidade razoável e mínima para os mini implantes.

O MARPE de uma maneira geral faz uso de 4 mini-implantes verticais. Se nestas 4 áreas, nenhuma ou apenas uma oferecer mais que 1,5 mm de volume ósseo, preconizamos o uso do MARPE com 6 mini-implantes.

Nesse modelo de MARPE, além dos 4 mini implantes verticais, também teremos mais 2 mini-implantes na região anterior.

Esses dois anteriores ficam em posição oblíqua, geralmente em torno de 45°. É uma área de pré-maxila que quase sempre apresenta um bom volume ósseo, por isso ela funciona também como uma área coringa.

Se nenhuma das outras áreas oferecerem uma boa consistência com volume ósseo adequado para garantir a estabilidade, então trabalhamos com a região anterior para fixar os 2 mini-implantes adicionais que vão assegurar o resultado.

A importância do planejamento tomográfico na prática

Comentei no tópico anterior sobre a área coringa na pré-maxila que é um ponto de segurança.

Podemos dizer que quando o cerco aperta, recorremos à essa área anterior!

Para ilustrar e fixar, quero compartilhar um caso que eu estava planejando no mesmo dia em que produzi o episódio de hoje.

Se eu instalasse o mini-implante sem planejamento, eu acabaria perfurando o canal incisivo do paciente deste caso. A região de forame incisivo!

Digo isso para reforçar a importância do planejamento tomográfico.

Se eu não tivesse planejado tomograficamente e solicitado a confecção do aparelho, sem um planejamento prévio e sem um protocolo de segurança, meu mini-implante na região anterior no lado direito teria perfurado o canal incisivo

Aqui abaixo você pode visualizar as imagens do planejamento, onde a medida do mini-implante no lado direito anterior pega exatamente no ponto em que o paciente tem uma extensão ou deslocamento lateral para o lado direito do forame incisivo.

 

 

Por isso, muita atenção! Priorizem sempre a tomografia no protocolo MARPE.

Já que você chegou até aqui, aproveite para se inscrever na minha lista e baixar os materiais complementares referentes a esse conteúdo.

E não deixe de escutar o podcast de hoje. Lá você terá acesso ao conteúdo de forma ainda mais detalhada.

Qualquer dúvida, não deixe de entrar em contato!

Um forte abraço e até a próxima!

Baixe os slides desse episódio:
Slides Ortocast 05