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Quando falamos de linha média, na verdade, estamos nos referindo à coincidência das linhas médias dentária superior e inferior. Essas duas devem coincidir com a linha média facial.
A primeira coisa que você precisa fazer em seu planejamento é diagnosticar se há algum desvio, entre linhas médias dentárias superior e inferior, em relação à face.
Para que o diagnóstico seja feito da forma correta, precisamos ficar atentos a alguns detalhes, como veremos a seguir.
Como chegamos ao diagnóstico
Para esse diagnóstico, precisamos de uma foto frontal do paciente sorrindo. A partir disso, avaliamos a linha média facial traçando dois pontos.
Muitas pessoas cometem o equívoco de levar em consideração, por exemplo, o nariz e o mento (Mandíbula).
Essas duas estruturas não entram na nossa linha média facial, pois, como sabemos, a mandíbula é um osso móvel em relação ao crânio.
Logo, ela pode apresentar desvios e assimetria.
Sendo assim, ela fica alheia a nossa linha média facial, pois o nosso tratamento também visa corrigir a posição postural da mandíbula. E se for assimetria esquelética, também, de forma cirúrgica.
O nariz é uma estrutura que também pode apresentar desvios, sendo os mais comuns, por:
- Assimetrias de origem genética ou congênita;
- Fatores ambientais;
- Traumas ou fraturas.
Por isso ele não entrará em nossa linha média facial.
O que você precisa entender a partir de agora é que a linha média facial é o nosso ponto de partida para conduzir a linha média dentária.
Contudo é importante conseguir identificá-la. É o que veremos agora!
Como traçar a linha média facial
Na linha média facial traçamos o ponto Glabela, que é o ponto cefalométrico. Na verdade ele é facial e tegumentar!
Esse é o ponto que fica na região central da face, entre as sobrancelhas, naquela proeminência logo após a depressão acima do nariz.
Passando o dedo por cima do nariz, encontramos uma depressão e logo após uma proeminência.
Essa proeminência é onde se encontra o ponto glabela, exatamente no centro da face.
E o outro ponto, é o ponto do encontro do filtro labial do lábio superior, que é chamado também de centro do arco do cupido.
Ao traçar uma linha passando por esses dois pontos, teremos a linha média facial.
Dessa forma, conseguimos determinar como estão as linhas médias dentárias a partir da linha média facial para que, a partir daí, possamos conduzir o tratamento da forma adequada.
As más oclusões assimétricas de classe II e III
As más oclusões assimétricas de classe II e III são outros pontos que confundem muitos ortodontistas no momento do planejamento.
Elas também são chamadas de classe II e III subdivisão.
Quando temos uma classe II assimétrica, por exemplo, por ela ser unilateral, haverá um desvio entre das linhas médias dentárias superior e inferior.
Como é uma classe II, o ortodontista tende a fazer a correção na arcada superior. Porém, em muitos casos, essa classe II será de origem mandibular.
E o que mostra se o problema está na maxila ou na mandíbula, nesse caso, também é a linha média.
A partir do momento que você detecta que essa classe II é dentária, é preciso determinar se o problema está na maxila ou na mandíbula para definir o tipo de correção que será feito.
Quando uma classe II é assimétrica e nós temos o desvio da linha média inferior em relação a face, mas a linha média superior está coincidente, então o foco do nosso tratamento deve ser no arco inferior. Mesmo se tratando de uma classe II !
Por isso é tão importante fazer essa identificação no início!
Se você curtiu esse material, então saiba que ele faz parte de um conteúdo mais rico e profundo que produzi no Ortocast.
E caso tenha alguma dúvida, sinta-se à vontade para entrar em contato. Um forte abraço e até a próxima!
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